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Olá a todos! Sejam bem-vindos ao nosso blog. Ele faz parte de um programa de formação a distância de educadores cujo foco são as Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade, ou seja, no contexto digital. O curso é desenvolvido e aplicado pela Escola de Formação de Professores "Paulo Renato de Souza", vinculada à Secretaria de Estado da Educação do Estado de S. Paulo. Esperamos, com nosso blog, atrair pessoas interessadas no incentivo à leitura e também ajudar na discussão sobre a importância da leitura, para, quem sabe assim, criarmos novos desbravadores dessa imensidão que é o território da leitura. A princípio, vocês poderão ver depoimentos dos fundadores do blog sobre os primeiros contatos com a palavra escrita. Visitem sempre este espaço e não deixem de postar seus comentários!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Corinthians campeão invicto da Libertadores!




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Saudações
corinthianas do

Campeão INVICTO
da LIBERTADORES
2012 
Corinthians

Todo Mundo e Ninguém (versão de Drummond)


Apreciem abaixo a versão de Carlos Drummond de Andrade para o trecho Todo o Mundo e Ninguém de Gil Vicente, temos aí um exemplo claro de intertextualidade e uma singela homenagem do poeta mor brasileiro ao incomparável dramaturgo português. O poema de Drummond foi publicado em 1977 no livro Discurso de Primavera e Algumas Sombras.

Todo Mundo e Ninguém
(Auto da Lusitânia, de Gil Vicente)

Ninguém: Tu estás a fim de quê?

Todo Mundo: A fim de coisas buscar
                          que não consigo topar.
                          Mas não desisto, porque
                          O cara tem de teimar.

Ninguém: Me diz teu nome primeiro.

Todo Mundo: Eu me chamo Todo Mundo
                          e passo o dia e o ano inteiro
                          atrás de dinheiro,
                          seja limpo ou seja imundo.

Belzebu: Vale a pena dar ciência
                  e anotar isto bem, 
                  por ser fato verdadeiro:
                  Que Ninguém tem consciência
                  e Todo Mundo, dinheiro

Ninguém: E que mais procuras, hem?

Todo Mundo: Procuro poder e glória.

Ninguém: Eu cá não vou nessa história.
                    Só quero virtude...Amém.

Belzebu: O papai não se ilude
                  e traça: Livro Segundo.
                  Busca o poder Todo Mundo
                  e Ninguém busca virtude.

Ninguém: Que desejas mais, sabido?

Todo Mundo: Minha ação elogiada
                           em todo e qualquer sentido.

Ninguém: Prefiro ser repreendido
                   quando der uma mancada.

Belzebu: Aqui deixo por escrito
                  o que querem, lado a lado:
                  Todo Mundo ser louvado
                  e Ninguém levar um pito.

Ninguém: E que mais, amigo meu?

Todo Mundo: Mais a vida. A vida olé!

Ninguém: A vida? Não sei o que é.
                    A morte, conheço eu.

Belzebu: Esta agora é muito forte
                  e guardo para ser lida:
                  Todo Mundo busca a vida
                  e Ninguém conhece a morte.

Todo Mundo: Também quero o Paraíso,
                           mas sem ter que me chatear.

Ninguém: E eu, suando pra pagar
                    minhas faltas de juízo!

Belzebu: Para que sirva de aviso,
                  mais uma transa se esvreve:
                  Todo Mundo quer Paraíso
                   e Ninguém paga o que deve.

Todo Mundo: Eu sou vidrado em tapear,
                           e mentir nasceu comigo.

Ninguém: A verdade eu sempre digo
                   sem nunca chantagear.

Belzebu: Boto anúncio na cidade,
                  deste troço curioso:
                  Todo Mundo é mentiroso
                  e Ninguém fala a verdade.

Ninguém: Que mais, bicho?

Todo Mundo: Bajular.

Ninguém: Eu cá não jogo confete.

Belzebu: Três mais quatro igual a sete.
                  O programa sai do ar.
                  Lero lero lero lero,
                  curro paco paco paco.
                  Todo Mundo é puxa-saco
                  e Ninguém quer ser sincero!



Todo o Mundo e Ninguém

O texto abaixo pertence a peça Auto da Lusitânia, escrita pelo grande mestre humanista, Gil Vicente, em 1531 e representada pela primeira vez em 1532, perante a corte de D. João III quando nasceu seu filho, D. Manuel. O auto atesta a genialidade deste dramaturgo português, pois apesar de ter sido escrito há quase 500 anos, mantém-se extremamente atual.

Neste auto, assiste-se ao casamento de Portugal, cavaleiro grego, com a princesa Lusitânia. Dois demônios, Berzebu e Dinato, que aparecem no texto vêm presenciar o casamento e escutam o diálogo entre Todo o Mundo e Ninguém.

O autor deu o nome de Todo o Mundo e Ninguém às suas personagens principais desta cena. Pretendeu com isso fazer humor, caracterizando o rico mercador, cheio de ganância, vaidade, petulância, como se ele representasse a maioria das pessoas na terra (todo o mundo). E atribuindo ao pobre, virtuoso, modesto, o nome de Ninguém, para demonstrar que praticamente ninguém é assim no mundo.

Fiz algumas atualizações vocabulares para tornar mais fácil a leitura e o entendimento do trecho.

Leiam e comprovem a atualidade e a genialidade deste auto!

Todo o Mundo e Ninguém


            Entra Todo o Mundo, homem como rico mercador, e faz que anda buscando alguma coisa que perdeu; e, logo após ele, um homem, vestido como pobre. Este se chama Ninguém, e diz:


Ninguém: Que andas tu aí buscando?  

Todo o Mundo: Mil coisas ando a buscar: 
                              delas não posso achar, 
                              porém ando teimando, 
                              por quão bom é teimar. 
                                                                          

Ninguém: Qual é seu nome, cavaleiro?                                



Todo o Mundo: Meu nome é Todo o Mundo, 
                              e meu tempo todo inteiro 
                              sempre é buscar dinheiro, 
                              e sempre nisto me fundo.                             



Ninguém: E eu tenho por nome Ninguém,
                   e busco a consciência.                                             

                                                                                         


Berzebu para Dinato: Esta é boa experiência!

                                          Dinato, escreve isto bem.

Dinato: Que escreverei, companheiro?

Berzebu: Que Ninguém busca consciência.                     
                   E Todo o Mundo dinheiro.                                       

Ninguém para Todo o Mundo: E agora que buscas lá?                               

Todo o Mundo: Busco respeito social muito grande.

Ninguém: E eu virtude, que Deus mande.                          
                   Que tope com ela já.    
                                                
Berzebu para Dinato: Outra adição nos acude:
                                          escreve aí, a fundo,
                                          que busca respeito social Todo o Mundo,
                                          e Ninguém busca virtude.

Ninguém para Todo o Mundo: Buscas outro maior bem que esse?

Todo o Mundo: Busco mais quem me louvasse
                              tudo quanto eu fizesse.
 

Ninguém: E eu quem me repreendesse
                   em cada coisa que errasse.



Berzebu para Dinato: Escreve mais.



Dinato: Que tens sabido?



Berzebu: Que quer em extremo grado 
                   Todo o Mundo ser louvado,
                   e Ninguém ser repreendido.



Ninguém para Todo o Mundo: Buscas mais, amigo meu?




Todo o Mundo: Busco a vida e quem me a dê.




Ninguém: A vida não sei que é,
                    a morte conheço eu.

Berzebu para Dinato: Escreve lá outra sorte.

Dinato: Que sorte?

Berzebu: Muito garrida:
                   Todo o Mundo busca a vida,
                   e Ninguém conhece a morte. 

Todo o Mundo para Ninguém: E mais queria o paraíso,
                                                          sem ninguém para me estorvar.

Ninguém: E eu ponho-me a pagar
                    quanto devo por isso.

Berzebu para Dinato: Escreve com muito cuidado.

Dinato: Que escreverei?

Berzebu: Escreve que Todo o Mundo quer paraíso,
                   e Ninguém paga o que deve.

Todo o Mundo para Ninguém: Gosto muito de enganar,
                                                          e mentir nasceu comigo.

Ninguém: Eu sempre verdade digo,
                    sem nunca me desviar.

Berzebu para Dinato: Ora escreve lá, compadre,
                                          não sejas tu preguiçoso!

Dinato: Quê?


Berzebu: Que Todo o Mundo é mentiroso
                   e Ninguém diz a verdade.

Ninguém para Todo o Mundo: Que mais buscas?

Todo o Mundo: Lisonjear.

Ninguém: Eu sou todo desengano.

Berzebu para Dinato: Escreve, mãos a obra!

Dinato: Que me mandas escrever?

Berzebu: Põe aí muito declarado,
                   não te fique no tinteiro:
                   Todo o Mundo é lisonjeiro,
                   e Ninguém desenganado.             




Salve Jorge...


Santo Guerreiro... Salve JORGE !!
Hoje teremos a grande final da Libertadores da América entre o Timão e o Boca.
Que todos os jogadores do Corinthians vistam-se com as armas de São Jorge e tragam para nós esse tão sonhado título, fazendo assim a alegria e felicidade de uma nação de mais de 30 milhões de corinthianos.


VAI CORINTHIANS!!!



"Eu andarei vestido e armado com as armas de Jorge... São Jorge"

Drops Literário


O texto postado abaixo é um belíssimo poema da poetisa portuguesa Nathália Correia. Logo abaixo do texto, postei também um vídeo de nossa Abelha Rainha recitando um trecho do poema. Verdadeiramente um deleite.
Apreciem sem moderação!


A Defesa do Poeta 


Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto 



Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim 



Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes 



Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei 



Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição 






Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis 



Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além 



Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem? 



Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa

 
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho !
a poesia é para comer. 





terça-feira, 22 de maio de 2012

Drops literário



QUANDO A BOCA CALA...O CORPO GRITA!
(Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico)


A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família.
E ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado FÉ,  abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS !

(autor desconhecido)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Por que ler?

Por que ler? Qual a importância, em nossas vidas, da leitura de um bom livro?


Eis uma das possíveis repostas...




Então leiam. Leiam cada vez mais. Leiam de tudo e sobre tudo. Quanto mais você ler, mais ampliará os horizontes de sua imaginação e de sua vida.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ler devia ser proibido

Cuidado incautos!


A leitura não é para qualquer um. 
Assistam ao vídeo abaixo e compreenderão o que afirmo.



domingo, 13 de maio de 2012

Relato Reflexivo


    Ao iniciar este curso pensei que fosse encontrar como colegas somente professores de Língua Portuguesa, mas fiquei muito surpresa e feliz ao ver colegas de todas as áreas do currículo discutindo sobre leitura e escrita. Acredito que conseguimos contemplar todos os objetivos do curso. Conhecemos-nos, primeiramente, como profissionais, e logo após alguns momentos do curso passamos a nos conhecer e nos tratarmos como “amigos”, virtuais é verdade, mas com sentimentos humanos.
    Falamos sobre leitura e escrita digital, conhecemos o ambiente do curso, as ferrramentas do mesmo, desenvolvemos nossa capacidade leitora e escritora da melhor forma possível, em pequenos grupos, e em alguns momentos, com todo o grupo. Interagimos bastante com disposição e alegria até nos momentos mais difíceis do curso.
     A bagagem que levaremos deste curso para nossas aulas é grande, pois tivemos oportunidade de enriquecer muito nossa prática pedagógica. Nunca tinha pensado em fazer um blog com os alunos de minha escola, agora vejo que isso é totalmente viável, e com certeza será muito bom para que os alunos desenvolvam as habilidades/competências que envolvem o processo de leitura e escrita.  
     Nessa bagagem não deixarei de levar e guardar com muito carinho o companheirismo de todos os colegas, os momentos de interação, que por muitas vezes, sem saber vocês alegraram meu dia e me deram forças para seguir em frente tendo a certeza de que no “mundo virtual” também existe amor fraterno.